segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CONHECENDO O MEU EU, NO ESTALO E NA REALIDADE DA VIDA

De repente, percebi , que quando penso só em mim, me fecho para o mundo e diversas possibilidades de ser. Me torno um posso de egoísmo, por achar que não preciso de ninguém,ou que minhas dificuldades são maiores ou piores que as dos outros.

Então me pego a imaginar, quanto tempo perdi tendo pena de mim ou me vangloriando, absurdamente vendo apenas meu eu, enquanto a minha volta, a fome, a miséria, a violência, as doenças, as drogas, a morte repentina por todas essas causas e outras mais tragava mais e mais pessoas.


Então me pus a fazer julgamentos, questionamentos do por que disso tudo acontecer, aí percebi que mais uma vez estava sendo egoísta, pois antes me isolava, ao sair do isolamento, passei a julgar, olhei dentro de mim,comecei a mudança por mim, pra depois colaborar com as mudanças a minha volta.


È até louco dizer que não precisa dos outros, pois analisando o contexto geral da vida e da natureza, se ver que todos dependemos de alguém de alguma forma para viver, é parecido com a cadeia alimentar, só que o ser humano não pode ser nem predador e nem caça, tem que ser humano e ter discernimento.

Tem que além de pensar, agir com sabedoria e jamais julgar sem a prova da causa, e mesmo tendo prova se colocar no lugar em que o outro está, será que nos colocando no lugar do outro, nos daríamos penas tão pesadas?

Não tem nada a ver com o social, dinheiro não torna ninguém nem melhor e nem pior que o outro, tem a ver com a essência com amor e boa educação, um indivíduo que tem uma boa essência amor e educação tanto no seu aspecto didático ou familiar dificilmente se desvirtua  na vida.

Não é por que é pobre que isso vai fazer dele um marginal, cada um tem sua própria escolha, ninguém é forçado a escolher o errado, a grande maioria escolhem o erro por que em algum momento deixou de acreditar em si próprio e apagou sua verdadeira essência.

Pois é grande a quantidade de pessoas que poderiam ter se enveredado pelo caminho da marginalidade, e no entanto não o fez, preferiu enfrentar desafios, e são homens e mulheres de bem, não culpam a sociedade, vão la e fazem a diferença.

Não é possível mudar o mundo sem primeiro mudar a si mesmo, e ter conhecimento nunca é demais, pois enquanto houver vida ainda existe algo para aprender, melhorar e mudar, não confundir liberdade de expressão, com condenação prévia de outrem .

Foi aí que percebi, que se pude pensar assim é que recebi de minha família orientações que abriram meus  olhos e não me deixou fechar-me em mim,e ver o mundo e as pessoas de maneira mais ampla, não perdi minha essência e com amor, simplicidade ser exemplo com minhas ações.

Isso não quer dizer que eu viva na perfeição, pelo contrário, se preciso , grito, choro, xingo mais principalmente reconheço meus erros, meus defeitos e quando estou prestes a perder a razão, a chegar no meu limite busco na minha essência o elo de volta com meu verdadeiro eu.

Por isso não me fecho ao novo, nem me prendo a conceitos e preconceitos, busco ter discernimento e estar mantendo minhas convicções, sem asfixiar a dos outros pois se Deus deu para nós o livre arbítrio, quem sou eu para querer que alguém pense como eu, posso opinar, questionar, mas obrigar jamais.

Jesus Cristo deixou grandes exemplos para a humanidade, que é preciso respeitar as diferenças e que o meu  saber não pode ferir o ser do outro, e que não é apontando defeitos que se endireita alguém e sim mostrando o modo de chegar a solução, não é ficando pregos que a árvore cresce e sim podando os galhos secos. Só cortando o que é velho e seco, que o novo brotará mais saudável e forte.




                                                       Evande Maria Mendes Da Silva